quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Voando até Ponta Delgada

Quero agradecer a todas as pessoas que têm deixado comentários tão simpáticos e encorajadores aqui no meu blog.

Amanhã partirei para Ponta Delgada para visitar a minha Mãe, Irmão, Primos e Amigos.
Ficarei desta vez 23 dias aqui nesta casa que fica numa rua daquela cidade... onde fui fazer os meus 8 anos de idade. Morei lá até vir para Coimbra, em 1966, e lá passei anos muito felizes.

Nessa altura éramos 6: os pais, 3 rapazes e a "menina"... mas à mesa raramente se sentavam só esses! Apareciam as tias, primos, a costureira que ia habitualmente à 6ª feira para costurar as roupas seguindo os moldes da
BURDA, uma amiga da minha avó paterna que fazia umas excelentes malassadas...

E era aqui nesta garagem que fazíamos os tais
assaltos no Carnaval... já referidos neste blog.
Era aqui que o meu Pai entrava no meu quarto todas as manhãs, para dar os bons dias com beijinhos na sua "menina"...
Era aqui que a minha Mãe me vinha trazer, ao cimo das escadas, um copo de leite com
TODDY, que eu bebia em poucos goles, antes de ir para o Liceu...
Era aqui que eu, tantas vezes, de regresso das aulas, tinha à minha espera um copo de cevada morninha e umas deliciosas fatias douradas feitas pela Maria, nossa fiel empregada de tantos anos... porque a "menina" era muito
biqueira para comer... mas comia muito bem esse lanche!...

Era aqui que vinha, uma vez por semana, a professora de piano Senhora D. Idalina Garcia, para ensinar a arte à "menina" que tinha de ser
prendada!...
E era aqui que o Papá se sentava a ouvir-me tocar, fazendo-me repetir até não me enganar ...

Era aqui que, na ampla sala do rés-do-chão, se reuniam, especialmente nas férias grandes, os meus irmãos e os amigos para os campeonatos de
bridge, king e crapô...
E foi aqui que assistimos à primeira experiência do som estereofónico proveniente dos discos de 33 rotações, que nos chegava aos ouvidos através das enormes colunas de madeira forradas de pano e estrategicamente colocadas em 2 cantos opostos da sala...

Foi aqui que, tantas vezes o aspirante miliciano Correia, amigo do meu irmão, bateu à porta para cumprimentar a família do colega, jogar crapô comigo... sempre sob o olhar atento da Mamã... e levar emprestados livros da bem apetrechada biblioteca do dono da casa...
Um dia esse amigo bateu à porta e a minha Mãe perguntou à Maria quem era, ao que esta respondeu: é o
genro da senhora!... nem sonhávamos que iria ser!

Foi aqui que esse amigo, meu marido, esteve na véspera do dia em que o meu Pai morreu. Nessa tarde a minha Mãe levou-lhes um chá e, ao ver o amigo sentado ao lado da cama onde o meu pai já estava doente há dias, teve um palpite que esse amigo iria ficar na Família... e ficou!... Só o meu Pai já não teve conhecimento disso, pois faleceu no dia seguinte, com uma pancreatite aguda.

Desta vez irei estar com a minha Mãe no dia do seu 94º aniversário, a 30 de setembro.

É aqui que fico quando vou visitar os últimos 2 dos 6 que éramos!

Até breve... e não deixem de me visitar!

Abraço-vos com muito carinho.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Tapete de Arraiolos... ainda incompleto!

Aqui mostro 1/4 do tapete e por baixo está outro ( Santo António) que fiz antes deste e que poderão ver aqui no blog.

Este é o tapete de Arraiolos (Flor de Abóbora) que comecei há... 8 anos!
Uns percalços relacionados com uma doença grave que me surpreendeu há 7 anos... levaram-me a que tivesse de o interromper.
Entretanto fiquei tratada... os médicos não dizem curada... e continuei a fazer os meus trabalhinhos.
Mas este é enorme, pesado e cheguei a pensar que não iria conseguir pegar-lhe de novo.

Aqui um pormenor do canto.

Mas restabelecidas as forças deitei mãos à obra e acho que vou conseguir terminá-lo.

Aqui outro pormenor.

Mas o início não correu nada bem: comprei o tecido, tirei fotocópias do esquema publicado na revista , fiz acetatos, escolhi as lãs, algumas cores eram iguais, mas surgiam no esquema com outros símbolos...
Quando ia começar o trabalho verifiquei que o gráfico não correspondia à foto que vinha publicada na revista!
O centro era bem diferente, o desenho da barra não estava correto, para terminar a flor não dava para completar o desenho até ao fim da barra... enfim... resolvi fazer um risco a meio do gráfico da barra e reproduzi-lo em espelho.
Claro que assim a flor não ficou nem completa, nem tão bonita.

Agora ainda tenho muito trabalho pela frente: tenho de preencher desenhos com várias cores e só depois encherei com o branco-sujo...
pois é assim que ele irá ficar depois de o estender debaixo da mesa das refeições!!!...

Ah! Quando o mostrar aqui acabado... mostrarei também a revista e o tal tapete que lá vem fotografado... e nessa altura desafio-vos para o jogo: descubra as diferenças!!!...